Caminhando sobre a Mata: De Nova Campia até o Cânion Pirituba, em Itapeva-SP


Dia 9 de maio de 2014. O dia escolhido para sair numa caminhada abrangendo os municípios Nova Campina e Itapeva. O belíssimo lugar escolhido, uma parte do Escarpamento Estrutural Furnas, no Cânion Pirituba, em Itapeva.



Observação: Esta postagem não pretende ter caráter técnico e científico; são apenas considerações superficiais.Até mesmo porque se fosse Técnico, haveriam muitos detalhes para se acrescentar nos termos utilizados,além de uma pesquisa intensa com bibliografia relacionadas ao tema.

Partindo de Nova Campina


Partimos de Nova Campina, passando pelo Barreiro até o bairro Taquari-Guaçu. Do Taquari-Guaçu seguimos até a estrada do Fracarolli e da Fazenda Pouso Alto, assim até a antiga estrada que liga Itapeva a Bom Sucesso de Itararé (Onde estavam os macacos). Neste ponto, já na região de propriedade Vale do Corisco, saímos rumo ao Rio Pirituba no meio da Mata, chegando até a Cachoeira do Palmito Mole e em seguida, uma deliciosa apreciação no Mirante do Cânion Pirituba.

Passamos por algumas localidades bem conhecidas no trajeto do ecoturismo rural (infelizmente esquecido pelas autoridades) de Nova Campina: Pedra da Minerita (Issa Salomão), Fornos Fracarolli, Diversos trechos do Escarpamento Furnas em Nova Campina etc.

A primeira parada para um registro foi na Estrada da Fazenda Fracarolli, de onde se tem uma visão privilegiada: a da, popularmente conhecida em Nova Campina, como "Pedra da Minerita". Conhecida também com o nome de Pedra da Fazenda Issa Salomão, esse monumento natural é um arenito de constituição geológica diversificada, e está inserido no contexto da passagem do Escarpamento Estrutural Furnas. Localizado a sudoeste da sede do Município, é de fácil acesso e está numa área particular. Pela sua exuberância e características peculiares necessitaria de uma postagem maior exclusiva para falar desta atração natural. Sua beleza se destaca pela sua singularidade.



Macacos e Araucária 

Já após alguns poucos quilômetros de carro, uma bela surpresa: primeiro com o contraste dos “paredões” de pedra com as Araucárias, numa área de Transição. Uma paisagem que trouxe a reflexão sobre a questão da extinção e também da beleza da natureza, trazendo a doçura e a poesia. E depois algo que, de acordo com populares, é comum no local onde passamos: ver os Macacos. Ah! Que beleza!






Ver esses animais livres,leves e soltos na Natureza é sempre uma emoção ímpar. Meus amigos e eu, não hesitamos e paramos o carro na hora. Foram uns 10 minutos de apreciação. Os “bichinhos” estavam se achando nas Araucárias. Iam de um lado para o outro e, muitos curiosos, eles ficaram nos olhando. Estas foram as melhores fotos que conseguimos daquele momento. 


Após uns contatos no Facebook, recorrendo ao Biólogo Marcelo Tonini, e com uma pesquisada, vi que sou bem ignorante no assunto (risos) e constatei: Macaco prego e  pelo que pesquisei depois, esse é o Sapajus nigritus.

Uma contribuição da Professora Zuleide Leite, (também via Facebook): “Uma das reportagens do Repórter Eco-cultura, do dia 12/05 era justamente sobre esses macacos que são nativos da Mata Atlântica no Estado de São Paulo. Segundo a repórter encontram-se em extinção, portanto, há esperança, ainda!”,comentou.




Entrando na Mata:  Cansa, mas vale a pena!


Hora de sair do conforto do automóvel e entrar na Mata para chegar nas localidades do Cânion Pirituba. Hora de preparação.













Dentro da mata

Momento de entrar na Mata. Um maravilhoso percurso em direção as margens do Rio Pirituba. Nosso objetivo de chegar até a Cachoeira do Palmito Mole estava há duas horas, aproximadamente.  Do ponto onde saímos, do centro da cidade de Nova Campina, até o  local em que estávamos neste momento, aproximadamente uns 29 Km. Para a chegada na Cachoeira, foram duas horas e 25 minutos de muito esforço  misturado com relaxamento. Confesso que caminhar bem ali, ao lado do rio, foi muito bom. A caminhada com a perspectiva de ver a cachoeira, por mim ainda não conhecida, mais o  laço de proximidade com o cheiro da mata, o misterioso imaginário de um possível  encontro com um felino (a onça rsrs) ou pelo menos a falsa expectativa desse encontro, tudo isso, mais o simples prazer de estar ali naquela mata deliciosa, já gerava uma sensação de prazer.


Veja nas fotos abaixo, alguns registros durante essa caminhada no interior da mata:





Momentos bons.Pense a sensação boa dentro de uma Mata. Sexta-feira, todo mundo trabalhando eu lá, com meus amigos de Caminhada, só na boa!


Encontrar pequenas grutas e fragmentos de Rocha é algo comum nas localidades. 








Para resumir essa passagem de duas horas dentro da mata, as fotos falam melhor que as palavras. Foram diversos trechos parando para tirar fotos ao lado do Rio Pitiruba.













 Olha o detalhe das rochas, enormes. Neste ponto diversas rochas. Como sempre, uma parada obrigatória para mais algumas fotos.   












Quase lá!

Nestas fotos, já estávamos quase chegando. A Cachoeira do Palmito Mole estava pertinho. A trilha no meio da mata, na saída, foi tranquila. A volta é que foi difícil. Seu Antônio! Pense num homem ligeiro. Acompanhar o ritmo dele e do Galdino na volta não foi fácil. Eles são muito rápidos. E pense a dificuldade nos terrenos desnivelados, alguns buracos, e obstáculos difíceis. Mas foi tudo muito bom!





Literalmente no Cânion. Nesta imagem fica bem claro o local que atravessamos. Passamos toda essa garganta até chegar na Cachoeira e em seguida subir no Mirante apreciar as paisagens mais ao final desat postagem.










Agora, sim! Na Cachoeira do Palmito Mole

Enfim, chegamos.Aí está a Cachoeria do Palmito Mole. É sempre bom lembrar que o local, que estána Rota do Ecoturismo da Região, tem um acesso por Itapeva.Nós fizemos um acesso muito pouco ou talvez nunca feito.A não ser por moradores próximos da região,algum pescador etc.




Depois de um longo trajeto, descanso e tranquilidade. Momento de apreciar essa beleza. Notem a pureza da água.

 Detalhe com os lambaris.

















Hora de subir!!!!!





















 Esta área é linda.Uma vegetação típica de Cerrado.Até então, haviamos percorrido a Mata Atlântica e passado por alguns trechos de transição,mas aqui puro cerrado preservado.Perfeito!


Aqui termina nossa pequena aventura pelos arredores de nossa região.Espero que tenham gostado!



Um Abraço, 
Juliano Camargo



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